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URGENTE! FORMAÇÃO DE SUJEITOS COM CONSCIÊNCIA CRÍTICA NO CONTEXTO DAS CAMPANHAS ELEITORAIS

Atualizado: 14 de jul. de 2019


Figura Reprodução |Consciência Crítica - Mafalda

Por Ana Maria Louzada


Como fica a formação das crianças, adolescentes e jovens, quando interagem com adultos que se enfrentam de forma reacionária, com desrespeito entre si - com discursos e atitudes que (des)educam?


Em um post recente, no Redação ESColuna: Orientação Educacional, terminamos as nossas reflexões salientando que tomara que as crianças, os(as) adolescentes e os(as)jovens “estejam à espreita dessa calamidade humana publicizada nos discursos recorrentes, de modo que consigam fazer dessa experiência, outros modos de pensar e fazer política”.


Por isso, hoje o nosso objetivo é refletir sobre a importância da formação de sujeitos com consciência crítica, de modo que possam analisar os discursos que circulam nas redes sociais, nos diversos sites, dentre outros veículos de comunicação e de informações.


Isso significa que os discursos eleitoreiros precisam ser analisados e debatidos, não com as ferramentas do autoritarismo camufladas de democracia, que levam às práticas alienadas por meio de discussões pseudo-questionadoras, que sorrateiramente produzem fanáticos e não sujeitos politizados. É urgente uma educação pautada em premissas dialógicas, que ensinam por meio de ações mais humanizadas.


Nas competições em que as disputas são vivenciadas como num cabo de força, infelizmente muitos se contentam em assumir um lugar na plateia e aos gritos ofensivos, torcem alienadamente, sem perceber as violências simbólicas que emanam das palavras proferidas, sem compreender os dizeres que fomentam uma ditadura de opiniões, e, muitas vezes ignorando a avalanche de ideias alienadas que se digladiam na arena da corrupção, instigando o ódio e o medo.


Quando nos contentamos com um lugarzinho na plateia, perdemos a oportunidade de aprofundar as opiniões, principalmente as que estrangulam o sentido da ética, na dimensão de uma ética humanizada, que não prejudica as experiências e os direitos humanos, porque se preocupa com o bem-estar de todas as pessoas, indistintamente.


Por isso, se faz necessário garantir um processo de interlocução nas diferentes esferas educativas: a familiar, a comunitária e a escolar. Não apenas no intuito de desvendar mentiras e verdades – fake news, mas com o propósito de vivenciar a formação de sujeitos éticos. É urgente!


Os discursos de ódio, de rancor, de medo e de pânico produzidos no lócus das campanhas eleitorais têm impregnado os nossos dizeres e as nossas interações cotidianas – relações interpessoais, com vozes dissimuladas, que afetam o processo de desenvolvimento das crianças, dos(as) adolescentes e dos(as) jovens. Nos deparamos com brigas entre famílias, entre vizinhos, entre adultos e jovens, enfim, a falta de consciência crítica está corrompendo as relações. A falta de diálogo está comprometendo a formação de sujeitos éticos.


Daí a urgência em recolocarmos os propósitos educacionais, sejam no âmbito familiar, comunitário ou escolar, no sentido de uma formação política – de cunho emancipador, com vistas ao rompimento das práticas que fomentam a deterioração da formação de consciências críticas.

  • Temos nos preocupado, com a formação das crianças, dos(as) adolescentes e dos(as)jovens que participam desse contexto eleitoral?

Enfim, é de fato urgente uma avaliação crítica sobre o contexto em que vivemos. Contexto que nós adultos estamos gerenciando. Ou não?

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Ana Maria Louzada: Mestre em Educação, Coordenadora do Programa Educar com Diálogo, Diretora do Caepe: Centro de Assessoria Estudos e Pesquisas em Educação, Colunista no Redação ES: Portal de Notícias Online, Consultora Educacional e de Família. amlouzadaconsultoria@gmail.com, educacaoedialogo@gmail.com


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